Oração pra Deus

Deus,

Não espero mais ajuda para as coisas que te peço, pois, já entendi que nessa vida sou eu por mim e cada um por si, e você é só um símbolo, mas um símbolo do bem, para aliviar nossas frustrações e manter a esperança acesa. Um símbolo do bem porque precisamos de ídolos para que nosso caminho não seja perecível.

Deus,

Não te peço mais perdão, pois, já entendi que tudo que fazemos, fazemos apenas por acreditar nos estímulos do nosso coração, e ser demasiado humano para assumir que somos falhos e possuímos em igual escala o bem e o mal é ser mais puro diante da nossa natureza.

Deus,

Não te peço mais amor, pois, já entendi que o amor parte de mim. É mais bonito sentir de dentro do que esperar migalhas de fora.

Deus,

Não te peço mais que proteja meus amigos, pois, já entendi que minhas amizades são como plantinhas que preciso regar e zelar todos os dias para que não morram e estejam sempre na minha particular galeria de seres imortais.

Deus,

Não te agradeço mais pela minha família, pois, já entendi que não pude fazer essa escolha para que eu aprendesse o verdadeiro significado do convívio e da tolerância e também a sentir amor além da vida, do tempo e do espaço.

Deus,

Não peço mais saúde, pois, já entendi que somos frágeis para ficar de exemplo para os que ostentam o poder e oprimem o mais fracos, causando sofrimento e dor, esperando só o momento de perecer.

Deus,

Peço só as coisas necessárias, pois, já entendi que felicidade, amor e sentimentos partem da gente, e dependem da gente para se manterem ativos, mas canja de galinha e dinheiro no bolso não faz mal pra ninguém, nem cai do céu (mas poderia!).

Eu acho é pouco

Alguns pensamentos "MOTIVACIONAIS" passando pela minha cabeça, durante esses últimos tempos.
Sobre como eu, meus amigos, pessoas próximas que posso observar como vizinhos e amigos adicionados em redes sociais.
Dá pra medir o tamanho dos nossos esforços em estudar, trabalhar todos os dias. Damos-nos mal no metrô, no ônibus ou no trânsito e quando se têm um pouquinho assim de sorte, adeus carteira, adeus celular, oi conta bancária explodida, oi carro quebrado e mecânico caro e oi contas atrasadas enquanto uma vadia gorda só precisou de um vestidinho rosa pra ganhar mais dinheiro que todo mundo listado aqui... Junto!
Acho até indigno, mas é quase certeza ficaria mais feliz se pudesse me esforçar mais pra ser assim tão fútil, ouvir pagode, assistir "A Fazenda", mandar meu vídeo pro Big Brother, arrumar um namorado mais alienado que eu e fingir que está tudo certo.
Mas do contrário, mordo minhas mãos de raiva, de ver que gente "inteligente" se deixa iludir por propagandas ideológicas, acreditando que fazem protestos, sem enxergar o óbvio, que se render a um voto ao Tiririca é o mesmo que alimentar um esquema muito maior que nossas individualidades.
Mas esperar o que né? Se permitimos a morte da boa música, dos bons filmes e dos bons livros, pra fazer críticas boas em cima de movimentos do pancadão do morro e aplaudir a ludicidade de vampiros homossexuais frustrados, abominamos as produções que estimulam o pensamento, tachando de chatos e antiquados para nosso tempo, só não admitimos que assim, matamos nossa dignidade e que daqui pra sempre, sobreviveremos da superficialidade da era da informação, informação que bombardeia e faz da multitarefa nossa principal preocupação.
Onde fica minha análise interior, com que eu posso conversar e discutir filosoficamente sobre quem deixou um material rico de pesquisa e pensamentos? De prosa e poesia? De humor e muito sarcasmo? Com quem prefere assistir ao Big Brother a viver a própria vida?
A gente reclama, protesta, montamos a lista dos Treding Topics, mas damos muito mais força para as porcarias que estão aí!
Logo, acho pouco que tudo esteja assim, mas logo vou achar muito, porque tudo caminha pra pior.

Me deixa ir ali comprar meu DVD do Exalta!

Partiu

Pois é...

Você se foi desejando que ela sofresse e achando que jamais te esqueceria.

Ela fez tudo diferente, e hoje, é você quem sofre sem jamais esquecer dessa derrota.

Tomou?

Sobre Meninas e Sapos

Foi no domingo passado, quando resolvi visitar minha irmãzinha (Gelélica). Papo de MSN:
- Tá fazendo o que?
- Nada e você?
- Vem pra cá comer pipoca e papear...
- Tô indo!
Tá, o papo não foi bem assim, mas é só pra resumir, cheguei em 10 minutos na casa da Gelélica, conversamos, comemos (salgadinhos, não pipoca) assistimos Felipe Neto e ela pintou minha unha de roxo escândalo!
Como o futuro de todo domingo e uma segunda-feira, hora de ir embora, pra casa, tomar banho, dormir e sofrer por antecipação (sim, eu sofro com a consciência de ter que acordar muito cedo no dia seguinte).
Mas tinha surpresa no portão, não era flores nem príncipes, era um sapo!
Sim, um sapo, pequeno, verde, verde e brilhante, um sapo equilibrista, quase um artista se equilibrando nas grades.
Mas nós somos meninas, meninas adoram e odeiam bichos, separamos por categorias: os bonitos e fofinhos nós adoramos, mas os nojentos e asquerosos nos causam asco, pavor.
E eu tenho um problema com sapos, sabedoria popular sertaneja as vezes serve pra traumatizar a gente, imagine só se um tio lá de Curupá (se você nunca ouviu falar é porque não há mesmo nada de se espalhar do lugar), bem esse tio de Curupá disse certa vez, quando eu era pequenina e tinha acabado de capturar um sapo (criança faz cada uma), que eu era uma menina de muita sorte, pois se o bicho tivesse me mordido, teria que esperar uma tempestade com trovões pra ele me largar. Nunca mais peguei em sapos. A gente sabe que no fundo não passa de papo furado pra assustar criança, mas precaução faz bem, né?
Voltando ao sapo do portão, cheguei a cogitar a idéia de dormir lá, era arriscado demais por a mão ali, melhor não forçar a natureza e esperar pela vontade do sapo (as vezes eu sou tão dramática...).
Mas que coisa curiosa acontecia, os carros passavam e as luzes dos faróis faziam o indesejado visitante brilhar! Pela primeira vez, olhei com encantamento para um sapo (ta! Não foi a primeira vez, mas isso é outra história...)! Pra alimentar os contos de fadas: um sapo brilhante visita uma casa com 04 mulheres, só pode ser sina!
Curiosidade feminina, aliada ao implacável “sexto sentido”, tinha coisa estranha ali... Pega uma pedaço de madeira, cutuca! Cutuca! Ploft... Pulou! Que medo, mas continua estático no chão, tipo um parasita. De sapo sedentário nunca tinha ouvido falar...
Mais cutucadas, mais especulações, empurrõezinhos com madeira e uma mulher corajosa pra pegar o nosso amiguinho na mão!
Tão dócil, tão inofensivo e estagnado a tudo...
Era um sapo de brinquedo. ¬¬

Sem sal, sem sal...

- Alô?

- Oi! Tudo bem?

- Tudo e com você?

- Tô bem! Tá afim de ver um filme alternativo na Paulista?

- Não. Não sei o que é isso, prefiro o "Eclipse".

- Ãnh... quer ir num barzinho, um ouvir um pop rock, comer alguma coisa?

- Que? Nada, sou mais um pagodinho...!

- (Prende a respiração)... Tá! Pagode...
Então vamos na FNAC comprar as tirinhas do Calvin?

- Tirinhas de quem?

- Calvin e Haroldo, são livros...

- Ha! Não curto ler não! Mas a gente pode ver Sherek, mas temos que voltar cedo porque hoje tem "Pânico na TV"!!!!


PUTAQUEPARIU!!!! VOCÊ DESISTIU DE VIVER CARA?

#unfollow

Eclipse, pagode e revista pornô pode não ser o ideal de bom gosto, mas se você curte Pânico na TV, você é um completo IMBECIL!

#ProntoFalei!

Canção do meu momento

Luzes da Ribalta
(composição: Charlin Chaplin)

"Vidas que se acabam a sorrir
Luzes que se apagam... nada mais
É sonhar em vão tentar os outros iludir
Se o que se foi, pra nós não voltará jamais.

Para que chorar o que passou?
Alimentar perdidas ilusões?
Se o ideial que sempre nos acalentou
Renascerá em outros corações..."

Eis um sentido lógico pra poesia, ou arte no geral, onde tudo se concentra em volta do belo e transforma em belas as sensações mais hediondas, palavras que amam de forma nobre, mas amam sem forma, sem nome, e não descreve tão claramente o conteúdo, deixando a mensagem pra uso universal, pra salvar, acalmar ou cutucar ainda mais diversos e ecléticos corações.
Nem sempre se entende o que quer dizer a arte, mas como já disse Clarice Lispector "Viver ultrapassa qualquer entendimento(...)", mostrando apenas que racionalizar não importa, mas sentir enriquece nossas almas, faz crescer nosso mundo interior e estímula os sonhos.

Como o post é de múltipla autoria é a vez do Mario Quintana:

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo..."

Ploft!

- Alô?

- Alô? Mãe?

- Oi! Que foi?

- Bati o carro!

- Ain! Se machucou? Tá tudo bem?

- Tá! Tá! Não me machuquei não!

- Então dá graças a Deus!!!

- Por ter batido o carro?

#Comofas?

Metrô - Aventuras Diárias de um cidadão urbanizado.

06h50 da manhã, o despertador toca com uma música "♪Peguei o trem do amor (...)♫" eu pensando... PUTS! Não, a tortura não é acordar cedo, é essa maldita música pra me lembrar que meu trajeto é feito de metrô!
Não discordo nunca, que esse meio de transporte é uma das maravilhas da cidade moderna, tipo, fora do horário de pico, ele é prático, confortável e até mais rápido.
Mas meu irmão... Às 7h da manhã, parece filme de guerra, cada um por si e ganha quem entrar no trem.
Vale empurrar, vale bater, e sorte sua se não presenciar uma briga (as de mulheres são patéticas), mas são dessas coisas que só se vêem no metrô.
Imagina só, dentro de uma cidade como São Paulo, uma ferramenta que reúne por dia, praticamente todos os tipos e todos os arquétipos de pessoas, tinha que deixar suas tortuosas viagens, no mínimo, um pouco interessantes.
E são às sete da manhã, que seu repertório vai começando a enriquecer, imagina só, você e o resto das 10 mil pessoas que estão enlatadas no vagão, rindo compartilhadamente de uma figura falando no celular no volume 50, tipo. acho que ele quer que a voz dele alcance a outra pessoa sem precisar do aparelho, e todo mundo acaba sabendo todo o conteúdo da conversa involuntariamente. Tem também a sessão pregadora, geralmente senhores de terno com a bíblia em baixo do braço gritando possuído tentando fazer conversões e exorcismo (só pode), algum marqueteiro pode ter a brilhante idéia de por altares nos trens, pois pregações protestantes são comuns no metrô.
E a educação das pessoas são materiais exemplares para espelho de comportamento. Uma jovem dorme num acento preferencial e a velhinha muito simpática inconformada desconta em você, pobre criatura que está em pé, sem ter onde se segurar, porque você, pobre criatura, cedeu o bastão pra maldita, que te empurra e pisa no seu pé, pragueja e fala coisas feias, sei lá, vai ver é a forma que ela tem de te agradecer.
Você acorda a moça que te olha com cara de monstro raivoso, sem intimidação, pedi gentilmente que ela cedesse o lugar pra “simpática senhora” e graças, mil vezes graças, que daquele olhar não pulam facas nem labaredas nem qualquer tipo de arma.
Essas sensações bizarras de estranhamento e deboche, o contato com essas pessoas opostas, sempre é prolongado, pelo trânsito férreo, sacanagem, colocar 10 mil pessoas por vagão e seguir viagem quase parando, funciona como um teste de paciência, mas me embrulha o estômago, em alguns dias ele dói o dia todo.
Mas como nada é tão ruim que não pode piorar, meu trajeto é composto de 03 baldeações, tenso, muito tenso, só quem já passou pela Sé viveu a minha dor, lá no centro que a coisa complica, onde se misturam pessoas de todos os pólos da cidade e a confusão ta armada, a coisa só ameniza quando chega no contra-fluxo e só alivia da estação final.
Como é bom ver a luz do dia. =)

Montando um Fã Clube Bizarro

Minha última aula de criatividade foi incrível como todas as outras, mas com um diferencial, ouvimos um relato bizarro de uma mãe tentando promover o filho, cujo sonho é cantar na virada cultural e segundo ela: "Não é porque ela é mãe, o menino tem talento!"
Situação clichê, a mãe coruja ditando as qualidades do filho para as "Águias" que o contratariam.
Resumindo: ela chorou, bateu o pé, implorou, bateu no peito dizendo que aquelas pessoas "ainda ouviriam falar dele (melhor só ouvir falar mesmo) e conseguiu que o dito cujo tivesse sua fatia de participação na virada.
Ela deixou também as referencias de um vídeo no Youtube, onde o Jean Rodrigo (tem nome de artista vai?) mostra todo o seu talento.
Eu admiro a força de vontade dessa mulher bizarra em botar à cara a tapa e mão no fogo por esse magnífico "talento". Seria ele a versão menino da Stefany Crossfox?
Bem, o intuito é ajudar essa carreira, criar um fã clube e fazer virar hit, é engraçado, é bizarro e a dancinha sexy do final é impagável!

Com vocês o astro: Jean Rodrigo

Unfollow

Penso às vezes sobre como são frágeis nossas relações: em um dia temos alguém como um tudo nessa vida, assim, tão derrepente, você se dá conta de que esse alguém é só um restinho que você deixou pra trás.
Pode parecer cruel falar assim, mas o esquecimento e a indiferença é o desfecho natural das coisas. Quantas vezes você chorou no final de um ano letivo, pelas amizades que se afastariam, depois tentou consolo na existência dos meios de comunicação, das redes sociais, mas nunca, nunca mais, nem se prontificou a mandar um e-mail pra marcar um reencontro de boteco?
E quem não se descabelou por amor, e depois sorriu envergonhado da excentricidade da coisa?
Isso é desapego, uma hora a gente cansa de sentir saudades, de alimentar lembranças, porque a gente nunca pensa mais no outro, a prioridade é nossa, o conforto emocional é nosso. Acho que isso não é uma coisa ruim, só nos livramos de bagagens antigas, pra ter mais espaço entre os braços para segurar às outras que vem vindo, vêm vindo e um dia se vão.
Mas como nada é regra, têm sim pessoas que passam e marcam, deixam lembranças claras, fortes, mas nem por isso, sofreremos pra sempre com as partidas.
O círculo das coisas efêmeras é imenso, e pensar que pessoas são efêmeras me faz rir, fere um pouquinho do orgulho, principalmente porque não queremos ser esquecidos no meio do nada, nem queremos ser lembrança turva. Em contrapartida, quando esquecemos é um peso que a gente larga e um corpo mais leve tem melhor postura, mesmo quando o esquecimento é forçado, daquele tipo que força que escangalha por dentro pra depois te deixar melhor, um tipo de força mais mental do que física de pressionar o botão delete, de clicar num block e nunca mais usar a pesquisa do reencontro, um tipo de força que gera lágrimas involuntárias que lavam as retinas deixando a visão mais clara e as cores mais vibrantes, um tipo de força que te estimula e aumentar seu amor próprio, te aproximando de sua essência, a de uma natureza um tanto egoísta, só que sem precisar de alguém pra suprir isso. Liberdade.
Liberdade é o que queremos, mas liberdade sem solidão, por isso, pessoas continuaram chegando, riscando nosso caminho e apagando como que com borracha. Somos feitos pra isso.

Santa chuva

Versinhos com barquinhos.
Protestos politícos sobre casos e descasos de enchentes e inundações.
Um vento frio que resseca minha pele e gotas de chuva ácida, queimando meus cabelos (contras de São Paulo).
Um dia perfeito, de saborear um mal-humor (se fosse em baixo de um edredom, com pipoca e chocolate eu ia gostar), porque será que chuva combina com solidão?
A gente sempre quer uma compania quentinha, pra dar risada e conversar, mas só queremos, porque no meio da chuva, quase sempre estamos sozinhos.
Chuva combina com música, mas não muito alta, nem muito alegre, dias chuvosos são melancólicos, pedem um pouco de romantismo.
Chuva combina com preguiça, sim, esses dedos que escrevem estão numa fadiga, quase endurecidos, caimbrã, soninho que me dá, que te dá, dias de chuva combinam com bocejos.
Dias de chuva combinam, mais ainda, com expectativa, do céu cansar de desaguar, das nuvens cansarem de esconder o astro, das folhas cansarem de acumular orvalho e sorrirem para os raios, que poderiam estar aquecendo o meu nariz gelado...