Sobre Meninas e Sapos

Foi no domingo passado, quando resolvi visitar minha irmãzinha (Gelélica). Papo de MSN:
- Tá fazendo o que?
- Nada e você?
- Vem pra cá comer pipoca e papear...
- Tô indo!
Tá, o papo não foi bem assim, mas é só pra resumir, cheguei em 10 minutos na casa da Gelélica, conversamos, comemos (salgadinhos, não pipoca) assistimos Felipe Neto e ela pintou minha unha de roxo escândalo!
Como o futuro de todo domingo e uma segunda-feira, hora de ir embora, pra casa, tomar banho, dormir e sofrer por antecipação (sim, eu sofro com a consciência de ter que acordar muito cedo no dia seguinte).
Mas tinha surpresa no portão, não era flores nem príncipes, era um sapo!
Sim, um sapo, pequeno, verde, verde e brilhante, um sapo equilibrista, quase um artista se equilibrando nas grades.
Mas nós somos meninas, meninas adoram e odeiam bichos, separamos por categorias: os bonitos e fofinhos nós adoramos, mas os nojentos e asquerosos nos causam asco, pavor.
E eu tenho um problema com sapos, sabedoria popular sertaneja as vezes serve pra traumatizar a gente, imagine só se um tio lá de Curupá (se você nunca ouviu falar é porque não há mesmo nada de se espalhar do lugar), bem esse tio de Curupá disse certa vez, quando eu era pequenina e tinha acabado de capturar um sapo (criança faz cada uma), que eu era uma menina de muita sorte, pois se o bicho tivesse me mordido, teria que esperar uma tempestade com trovões pra ele me largar. Nunca mais peguei em sapos. A gente sabe que no fundo não passa de papo furado pra assustar criança, mas precaução faz bem, né?
Voltando ao sapo do portão, cheguei a cogitar a idéia de dormir lá, era arriscado demais por a mão ali, melhor não forçar a natureza e esperar pela vontade do sapo (as vezes eu sou tão dramática...).
Mas que coisa curiosa acontecia, os carros passavam e as luzes dos faróis faziam o indesejado visitante brilhar! Pela primeira vez, olhei com encantamento para um sapo (ta! Não foi a primeira vez, mas isso é outra história...)! Pra alimentar os contos de fadas: um sapo brilhante visita uma casa com 04 mulheres, só pode ser sina!
Curiosidade feminina, aliada ao implacável “sexto sentido”, tinha coisa estranha ali... Pega uma pedaço de madeira, cutuca! Cutuca! Ploft... Pulou! Que medo, mas continua estático no chão, tipo um parasita. De sapo sedentário nunca tinha ouvido falar...
Mais cutucadas, mais especulações, empurrõezinhos com madeira e uma mulher corajosa pra pegar o nosso amiguinho na mão!
Tão dócil, tão inofensivo e estagnado a tudo...
Era um sapo de brinquedo. ¬¬

Sem sal, sem sal...

- Alô?

- Oi! Tudo bem?

- Tudo e com você?

- Tô bem! Tá afim de ver um filme alternativo na Paulista?

- Não. Não sei o que é isso, prefiro o "Eclipse".

- Ãnh... quer ir num barzinho, um ouvir um pop rock, comer alguma coisa?

- Que? Nada, sou mais um pagodinho...!

- (Prende a respiração)... Tá! Pagode...
Então vamos na FNAC comprar as tirinhas do Calvin?

- Tirinhas de quem?

- Calvin e Haroldo, são livros...

- Ha! Não curto ler não! Mas a gente pode ver Sherek, mas temos que voltar cedo porque hoje tem "Pânico na TV"!!!!


PUTAQUEPARIU!!!! VOCÊ DESISTIU DE VIVER CARA?

#unfollow

Eclipse, pagode e revista pornô pode não ser o ideal de bom gosto, mas se você curte Pânico na TV, você é um completo IMBECIL!

#ProntoFalei!

Canção do meu momento

Luzes da Ribalta
(composição: Charlin Chaplin)

"Vidas que se acabam a sorrir
Luzes que se apagam... nada mais
É sonhar em vão tentar os outros iludir
Se o que se foi, pra nós não voltará jamais.

Para que chorar o que passou?
Alimentar perdidas ilusões?
Se o ideial que sempre nos acalentou
Renascerá em outros corações..."

Eis um sentido lógico pra poesia, ou arte no geral, onde tudo se concentra em volta do belo e transforma em belas as sensações mais hediondas, palavras que amam de forma nobre, mas amam sem forma, sem nome, e não descreve tão claramente o conteúdo, deixando a mensagem pra uso universal, pra salvar, acalmar ou cutucar ainda mais diversos e ecléticos corações.
Nem sempre se entende o que quer dizer a arte, mas como já disse Clarice Lispector "Viver ultrapassa qualquer entendimento(...)", mostrando apenas que racionalizar não importa, mas sentir enriquece nossas almas, faz crescer nosso mundo interior e estímula os sonhos.

Como o post é de múltipla autoria é a vez do Mario Quintana:

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo..."

Ploft!

- Alô?

- Alô? Mãe?

- Oi! Que foi?

- Bati o carro!

- Ain! Se machucou? Tá tudo bem?

- Tá! Tá! Não me machuquei não!

- Então dá graças a Deus!!!

- Por ter batido o carro?

#Comofas?